O senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez duras críticas à operação Lava Jato, referindo-se a ela como uma "milícia de toga". Essas declarações surgiram após o afastamento da juíza Gabriela Hardt e três desembargadores do TRF-4, em meio a alegações de supostas irregularidades processuais.

Segundo o senador, a Lava Jato teria quebrado empresas, resultando no desemprego de 4,4 milhões de pessoas, além de violar a lei, fraudar a Justiça e perseguir inocentes. Ele caracterizou a operação como uma "milícia togada", movida por sede de poder e dinheiro.

O afastamento da juíza Gabriela Hardt, que atuou como juíza substituta de Sergio Moro, ocorreu devido a uma reclamação disciplinar relacionada à homologação de um acordo entre a Lava Jato e a Petrobras para a criação de uma fundação. Uma das razões para o afastamento foi uma conversa "informal" da juíza com o ex-procurador Deltan Dallagnol sobre o acordo, seguida pela homologação deste. O corregedor Salomão destacou que a decisão foi tomada com "diversas ilegalidades patentes".

Vale ressaltar que Sergio Moro, também envolvido na mesma reclamação disciplinar, está sob investigação, mas as suspeitas contra ele serão analisadas posteriormente, de acordo com o corregedor. Essas recentes polêmicas envolvendo o afastamento de membros da Lava Jato têm gerado debates e críticas acaloradas sobre a atuação da operação e seu impacto no cenário político e jurídico do país.